domingo, 25 de fevereiro de 2007

Oração

Oração, de maneira simples, para os cristãos, pode ser definida como: conversa com Deus. Para nós: Cristãos, Deus é Pai. E a conversa entre um pai e cada um de seus filhos e filhas tem elementos comuns e outros que dependem de cada filho(a).

Bom gostaria de partilhar com você um pouco do que aprendi sobre a oração pessoal (ou individual); pois a Missa, as procissões, etc. são formas de oração comunitária. Entre a minha educação em uma família católica, a participação em grupos de jovens e um tempo como seminarista (católico), tive algumas palestras e experiências. (Para muitos, talvez não seja nada de novo, mas quem sabe possa auxiliar alguns irmãos em sua caminhada de oração.)

Quando criança aprendi a Ave-Maria, o Pai-Nosso (que é a oração por excelência, por ter sido ensinada por Jesus Cristo), o Glória, e outras fórmulas. Lembro de rezar uma oração que estava escrita em um quadro que ficava sobre a cabeceira da minha cama que começava com "Meu querido Deus (...)".

Depois, com a catequese e o 1º grupo de jovens que participei (CLJ), aprendi a rezar de forma espontânea, conversar com Deus como conversamos com um amigo: pedir, agradecer, contar segredos, pedir perdão é uma forma muito legal de rezar.

E, vale lembrar, que iniciar com o Sinal da Cruz uma oração é uma das indicações que aparecem no Catecismo (que é o livro que resume a doutrina católica de forma atualizada).

No seminário, aprendi mais algumas formas, vamos a elas. Ler e meditar uma passagem bíblica, ou seja, além de ler (invocando o Espírito Santo antes da leitura) tirar um tempo para tentar entender o que Deus quer nos dizer com aquela passagem.

Outra forma, é fechar os olhos e imaginar uma passagem bíblica, e nos colocarmos dentro dela, como observadores ou como um dos personagens.

Ainda, observar a natureza como quem contempla a maravilha que é a obra de Deus.

A meditação cristã inclui, entre as suas muitas formas, repetir uma palavra (mantra) como o nome de JESUS (em voz alta ou não), para ficar um tempo na presença Deus (seja Ele invocado como Pai, Filho ou Espírito Santo). Ou, ainda, ficar em silêncio, exterior e interior, pedindo antes que o Espírito Santo nos ajude a ficar um tempo na presença de Deus.

Enfim, rezar é o que nos fortalece como cristãos e nos dá força na caminhada que é a nossa vida neste mundo. Nas dificuldades e nas alegrias, sempre é bom manter contato com Deus.

Oração é a Missa, oração é o terço, oração é um Pai-Nosso ou uma prece rezados junto com os irmãos, oração é o tempo que cada um tira para estar para estar sozinho com Deus, pois Ele está sempre conosco.

Que saibamos aproveitar essa graça, esse presente que Deus nos dá que é a oração, é o meu desejo em relação a todos os irmãos: todos nós, seres humanos, filhos do mesmo Pai.

E Jesus diz: “Felizes...”

Eu fui seminarista, cristão, católico, e nesta época, fiz um ano da Faculdade de Ciências Religiosas na PUC-PR (metade do curso). Um dia meu professor de teologia moral entrou em um outro assunto que ele dominava muito bem: as Bem-Aventuranças. Assim, o Pe. Artigas (nascido na Espanha) nos deu algumas belas aulas sobre o assunto que vou discorrer neste artigo.

Ele trabalhou em cima do texto de Mateus 5,3-12. Nesse texto, encontramos 8 bem-aventuranças. Esclareçamos primeiro que bem-aventurado = feliz. Dessa forma, o código da Nova Aliança é: “Como vocês serão felizes se ...”, ou seja, Jesus nos aponta caminhos para a felicidade. A 1ª parte das bem-aventuranças mostra ou uma opção, ou um estado, ou uma ação a ser feita; já a 2ª parte, em qualquer um dos três casos, é sempre uma promessa. Ainda, sobre a estrutura a 1ª delas é uma opção; a 2ª, a 3ª e a 4ª são “sofrimentos” que irão desaparecer; a 5ª, a 6ª e a 7ª são ações, atitudes a serem tomadas; e a última conclama a perseverança.Vamos a 1ª, que pode ser entendida como: “Felizes os que escolhem ser pobres.” Pobre é aquele
que, mesmo que pudesse, não se interessaria em ser rico: basta o suficiente. Em hebraico, pobre de espírito nunca poderia ser entendido como um rico desprendido.
Meu professor frisou que a ambição é a raiz da injustiça, escolher ser pobre é abrir mão da ambição, é lutar contra a injustiça.
Ainda, segundo Mateus o fato de escolher a pobreza anula os efeitos negativos: a carência e a dependência dos outros. A pessoa que é pobre no espírito não se sente carente, nem dependente, sente-se feliz. Deus lhe garante a felicidade.
Ressalte-se que o Evangelho é qualquer coisa, menos resignação. Quem escolhe ser pobre contenta-se com o que é suficiente para si e partilha, daquilo que consegue, o que ultrapassa o necessário para viver dignamente.
Não nos pede Jesus para sermos miseráveis, a finalidade da 1ª bem-aventurança é que ninguém seja miserável. Isto ocorrerá quando todos dividirem aquilo que esta além do necessário para uma vida digna para si.

Escrevi para quem tem interesse em conhecer um pouquinho mais sobre a Bíblia, a linda carta de Deus para os homens. Ainda, falava o Pe. Artigas que, de certa forma, as Bem-Aventuranças são os mandamentos do Novo Testamento.
E não se esqueçam: ser pobre por opção dentro de uma comunidade cristã, é a idéia do Cristo, onde um ajuda o outro, de todas as formas, inclusive materialmente.

Pra início de conversa

Parece que páginas pessoais estão em desuso, a minha: http://br.geocities.com/leobergamo77/ parece que não foi diferente, até porque atualizar acaba sendo difícil, pois demanda bastante tempo. Assim, acho que o blog é mais simples para manter coisas atuais.
Um abraço,
e obrigado,
a quem quiser dar uma olhada nestes rabiscos que pretendo escrever.